A relevância do cultivo da soja no Brasil, e em especial no Rio Grande do Sul, está estampada nos números da nossa economia. O grão foi o principal produto exportado pela agropecuária gaúcha, somando US$ 4,2 bilhões - 16,84% do total das exportações estaduais. É por isso que, entre os gaúchos, é senso comum associar boas safras a bons desempenhos do PIB.
Mas até que ponto as pessoas conhecem a soja? Foi para responder a perguntas como essa que a Syngenta encomendou pesquisa em sete capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande e Brasília). Ao todo, 1,4 mil pessoas, entre 18 anos e 65 anos, foram entrevistadas.
De maneira geral, o estudo mostra que a imagem da soja é bastante positiva: 75% das pessoas consideram o grão importante ou muito importante em seu dia a dia. Apesar disso, poucos foram os entrevistados capazes de identificar visualmente a planta de soja. Ao receber a imagem de um pé de soja, um terço soube dizer que planta era. Entre os gaúchos, só 25% conseguiram fazer o reconhecimento.
- A ideia inicial era sensibilizar o consumidor sobre a importância da soja não só na balança comercial, mas nas nossas vidas - explica André Savino, diretor de soja da Syngenta, acrescentando que, em março, a empresa irá lançar uma web série em quatro capítulos, com o título O Mundo Sem Soja.
Sobre a utilidade do grão, Brasília é a cidade que mais sabe identificar (35%) a presença da soja em uma lista de 22 produtos - como óleos, leite, sucos, farinhas, pães, biscoitos, queijos e ração animal. Os porto-alegrenses ficam em terceiro lugar (29%), ao lado de São Paulo.
- Se as pessoas conhecessem mais, teriam orgulho da produção do Estado. É uma das proteínas mais importantes do mundo - avalia Décio Teixeira, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja).
Teixeira reconhece que a própria entidade poderia investir mais no esclarecimento das utilidades. E tem razão. Nos Estados Unidos, a associação United Soybean Board criou um site (soynewuses.org) no qual divulga as aplicações do grão. Anualmente US$ 200 milhões são utilizados pelo governo americano só para ações de marketing do setor, observa Maria Flávia de Figueiredo Tavares, coordenadora do núcleo de agronegócio da ESPM Sul:
- Precisamos trabalhar melhor o produto.