A temperatura elevada e a sensação de abafamento que estiveram presentes na última semana de fevereiro devem persistir durante março no Rio Grande do Sul. De acordo com a Somar Meteorologia, os dias de sol e tempo firme serão predominantes. Sendo assim, a tendência é de que o calor permaneça acima da média em todo o Estado.
Com início na segunda-feira (1º), março seguirá sob a atuação do fenômeno La Niña, o que significa que o risco para estiagem no RS continua elevado, com períodos quentes e chuva abaixo da média. Os poucos episódios de chuva previstos serão com pancadas muito isoladas e devem se concentrar, principalmente, na segunda metade do mês.
A próxima semana deve começar com chuva isolada na faixa leste gaúcha, com potencial para trovoadas. No entanto, os acumulados seguem baixos nessas áreas e o tempo firme prevalece nas demais regiões.
Em grande parte dos municípios do Estado, a previsão é de que os primeiros dias do mês sejam de muito calor, com temperaturas acima dos 30°C. Em Porto Alegre, onde haverá mais dias de tempo firme do que com chuva, as máximas devem diminuir um pouco somente a partir de 10 de março.
Na região central e na Campanha, os cenários serão parecidos: são esperados pouco mais de 50mm acumulados ao longo de todo o mês, sendo que a média é de 127,7mm em Santa Maria e de 158mm em Uruguaiana. Em ambas as cidades, os termômetros começam a diminuir lentamente depois do dia 16.
No Litoral, entretanto, as temperaturas só diminuem a partir de 20 de março. Mesmo assim, de forma geral, o calor estará acima da média nessa região. Os acumulados esperados para o município de Rio Grande ficam em torno de 70mm no decorrer do mês, cerca de 20mm abaixo da média.
Como foi fevereiro
Até quarta-feira (24), a região sul do Estado foi a única que registrou chuvas acima da média climatológica durante o mês, apontou a Somar Meteorologia. Porto Alegre teve 27,9mm acumulados, o que representa somente 26% da média, sendo o fevereiro mais seco desde 1989, quando choveu 23,1mm, e o terceiro da série histórica, que começou em 1961.
Em relação à temperatura, o destaque ficou com as mínimas abaixo do normal em boa parte da região Sul do Brasil. Durante as tardes, o excesso de nuvens fez as máximas ficarem mais baixas no noroeste gaúcho, mas, em contrapartida, o leste do Estado registrou dias mais quentes do que o normal.
Na Capital, até quinta-feira (25), a menor temperatura mínima, de 17,7°C, havia sido registrada em 6 de fevereiro. Já a máxima mais elevada foi no dia 2, quando os termômetros chegaram a 34,5°C.