O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram-Furg) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) encontrou, nas últimas semanas, cerca de 20 animais marinhos de diferentes espécies no litoral sul do Estado. O número é alto em relação aos outros meses do ano. Os animais estavam debilitados e irão passar por tratamento para serem devolvidos ao habitat natural.
Anualmente, cerca de 200 animais passam pelo Centro. Entre as espécies encontradas nos últimos dias, destaque para o número elevado de tartarugas verdes, com 13 em tratamento. Os animais costumam migrar para o litoral sul no inverno pela temperatura da água. No começo dos meses da primavera, esses animais migram para outros locais, mas os debilitados acabam ficando muitas vezes encalhados, e então são encontrados e recuperados pelo Cram.
O tempo de permanência dos animais no Centro varia de acordo com as espécies. As tartarugas costumam ter um metabolismo mais lento, por isso, o processo é mais demorado — explica Paula Canabarro, coordenadora do Cram.
Além das tartarugas, os pinguins-de-magalhães também são encontrados nesta época do ano. Durante este período eles estão concluindo a fase de migração para o continente sul americano, e alguns deles acabam não conseguindo fazer todo o processo e ficam encalhados. Atualmente, dois pinguins estão sendo cuidados pelos profissionais da Furg.
Além de animais debilitados, também passam pelo Centro aqueles que apenas gostariam de descansar. É o caso dos leões-marinhos, que neste período do ano costumam descansar na costa do litoral sul. Ao serem encontrados nas areias eles passam por um check-up e depois são devolvidos ao mar.
Mesmo os animais sendo muito admiráveis, bonitos e despertarem uma certa curiosidade, a recomendação dos profissionais é de que as pessoas não toquem neles. Isso porque podem estar debilitados e agravar os ferimentos. Quem encontrar animais no sul do Estado pode ligar para o Centro de Reabilitação (53 3232-9633) que as equipes vão providenciar o resgate.
