O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com apoio da iniciativa privada, instalou nas praias gaúchas painéis que trazem informações sobre alguns dos animais marinhos mais ameaçados.
As estruturas foram distribuídas ao longo de toda a orla, entre Palmares do Sul e Torres. Em Capão da Canoa, por exemplo, foram afixadas em quiosques que ficam na beira da praia. Além das praias, um dos principais parques aquáticos do Litoral Norte também expõe os painéis sobre a vida marinha.
— As pessoas têm muitas dúvidas sobre os lobos marinhos, quando aparecem na beira da praia, (sobre) o que elas devem fazer. Muitas vezes, as pessoas acabam atrapalhando em vez de auxiliar, porque elas desconhecem aspectos básicos, como, por exemplo, de o animal sair do mar para descansar e voltar — explica Maurício Tavares, biólogo do Ceclimar e mestre em Biologia Animal.
No caso dos pinípedes, entre as orientações está a de nunca removê-los da praia e nunca alimentá-los. Em relação às toninhas, um dos animais mais ameaçados dos oceanos, existe o alerta sobre os constantes casos de mortes dessas espécies, que acabam se enrolando em restos de redes de pesca. Sobre as tartarugas marinhas, a principal explicação é sobre os danos causados a elas pelos resíduos plásticos lançados ao mar.
Pelo menos três placas foram instaladas em cada um dos municípios do Litoral que possuem faixa de areia. As informações são sobre os pinípedes, como focas, lobos, elefantes e leões-marinhos; sobre a toninha, que é uma espécie de golfinho; e sobre as tartarugas marinhas.
Além de explicar de forma bastante didática e simples as características desses animais, os painéis também trazem informações sobre as principais ameaças a eles e como ajudá-los em caso de necessidade.