Três lobos-marinhos-do-sul fêmeas foram devolvidos ao mar na tarde da terça-feira (24) na praia do Cassino, no litoral sul do Estado. Os animais foram reabilitados em trabalho conjunto do Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (Cram/Furg) e do Projeto Pinípedes do Sul.
O primeiro lobo-marinho foi encontrado em 4 de setembro pela equipe do Projeto Pinípedes no Cassino. O segundo foi no mesmo dia, dessa vez pelo Cram/Furg, na Praia do Mar Grosso, em São José do Norte. Já o terceiro animal foi achado também na Praia do Mar Grosso pela comunidade, que avisou para Centro de Recuperação. Todos estavam magros e fracos, mas sem lesões externas.
— É importante informar para população que, nesta época do ano, é comum que estes lobos e leões-marinhos venham utilizar o litoral do Rio Grande do Sul como ponto de descanso após suas jornadas naturais — diz coordenador científico do Projeto, Leonardo Martí.
Segundo ele, sempre que um animal é apontado na área de abrangência do projeto, a equipe se desloca ao local para um primeiro diagnóstico e observar se está apenas utilizando a praia para descanso ou se está debilitado. Caso haja necessidade, os espécimes são encaminhados para o Cram/Furg para tratamento veterinário.
— No momento, estamos com cinco lobos marinhos no Centro, este número é comum na alta temporada dos pinípedes (mamíferos marinhos). Nesta época do ano, os esforços da equipe se direcionam muito ao cuidado não só dos encaminhados ao Cram, mas às ocorrências externas que atendemos nas praias do Cassino e Mar Grosso — afirma a a coordenadora do Cram/Furg, Paula Canabarro.
Não alimentar os animais é orientação
O lobo-marinho-de-sul é a segunda espécie de pinípede mais abundante no litoral gaúcho, podendo ser avistada frequentemente nas praias da região sul, alimentando-se e descansando.
Ao encontrar um lobo marinho debilitado, a comunidade pode entrar em contato com o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) pelo telefone (53) 3236-2420 ou com o Cram, no (53) 3231-3496. Enquanto a equipe não chega ao local, as orientações são para que as pessoas não se aproximem dos espécimes, não os alimentem e, se possível, evitem animais domésticos nas proximidades.