A preocupação com incêndios na Amazônia, que tem mobilizado diferentes governos no mundo, também chegou à Casa Branca. Conforme reportagem do portal de notícias G1, uma autoridade da Casa Branca afirmou que os americanos estão preocupados com o "impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região". A matéria afirma que a fonte não foi identificada.
Os temores com a situação da floresta têm sido expressos por diferentes autoridades ao longo desta semana. Angela Merkel, da Alemanha, Emmanuel Macron, da França, Boris Johnson, do Reino Unido, e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.
Desta vez, entretanto, o alerta vem de um país cujo presidente Jair Bolsonaro, que têm minimizado a situação das queimadas, busca aproximação e considera um importante aliado político e comercial.
Os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deve ser discutida durante a cúpula do G7 este final de semana, disse nesta sexta-feira (23) o porta-voz de Angela Merkel, apoiando uma solicitação do presidente francês Emmanuel Macron neste sentido.
Na quinta-feira (22), Macron comentou no Twitter os incêndios que devastam a maior floresta tropical do planeta, falando de "crise internacional" e convocando os países industrializados do
G7 "para falar sobre essa emergência".
Com o aumento das queimadas na Amazônia brasileira, cidadãos de ao menos 10 cidades —nove na Europa e uma na Ásia —, fizeram manifestações nesta sexta-feira em defesa da maior floresta tropical do planeta. Os atos foram registrados em Londres (Reino Unido), Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Barcelona (Espanha), Lisboa (Portugal), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Nápoles (Itália) e Amsterdã (Holanda).
Munidos com cartazes, os manifestantes se reuniram em frente aos consulados brasileiros de seus países e exigiram que o governo de Jair Bolsonaro proteja a Amazônia. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio florestal aumentou 84% no período de janeiro a agosto de 2019 em relação ao mesmo período de 2018.