Apontada por especialistas como um suposta "espiã" russa, a baleia beluga, ou baleia-branca, encontrada na Noruega em 26 de abril, voltou a chamar a atenção. O animal teria buscado um celular que havia caído no mar e devolvido ao dono. As informações são do portal G1.
Um grupo de amigos chegou perto da beluga e, por acidente, um deles deixou o aparelho cair. Para a surpresa do grupo, a baleia buscou o celular e o devolveu.
— Nós nos deitamos no cais para olhar e esperamos ter a chance de interagir. Tinha esquecido de fechar o bolso da jaqueta e meu telefone caiu. Presumimos que estava perdido para sempre, até que a baleia mergulhou de volta e voltou alguns instantes depois com meu celular na boca — disse Ina Mansika, que estava no grupo, ao site The Dodo.
De acordo com o Business Insider, o animal constantemente é visto interagindo com pescadores das águas de Hammerfest e pedindo comida. O fato reforçaria a tese de que a beluga está acostumada com pessoas e não sabe se alimentar sozinha.
A ação "fofa" da baleia não passou despercebida. Especialistas apontam que isso pode indicar que ela foi treinada. Alguns boatos sugeriam que ela seria uma "espiã" treinada pela marinha russa.
O biólogo marinho Jorgen Ree Wiig disse acreditar, em entrevista a CNN, que o animal veio da região de Murmansk, na Rússia. Segundo ele, a marinha russa é conhecida por usar belugas em operações militares como guardar bases navais, ajudar mergulhadores e encontrar equipamentos perdidos.
Apesar das especulações, a Rússia não se pronunciou sobre o caso. De fato, segundo a agência Gazeta Russa, o país utilizava animais para operações, mas a ação não existe mais há muitos anos.
Quanto a coleira que o animal usa, a Gazeta Russa informou que empresa de São Petersburgo que supostamente produziu o equipamento confirmou foi produzido em 2010 e que as belugas são geralmente usadas para localizar navios e equipamentos naufragados
Cientistas do Instituto de Ecologia e Evolução A.N. Severtsov, em Moscou, relataram à BBC que os militares russos ainda trabalham com um número limitado de baleias brancas, ainda que para fins pacíficos.
De acordo com o Washington Post, autoridades norueguesas estudam maneiras de salvar o animal. Uma das possibilidades é levá-la para um santuário de belugas na Islândia, visto que o mamífero não se alimenta sozinho em alto mar.