Uma onda de frio extremo congelou o centro-oeste dos Estados Unidos nesta quarta-feira (30), com temperaturas mais baixas do que na Antártica, que levaram ao cancelamento de voos e à suspensão de viagens e paralisaram a rotina de milhões de cidadãos.
O serviço dos correios foi interrompido, os colégios e comércios fecharam e os moradores tiveram de ficar em casa em 12 Estados, onde as temperaturas atingiram cifras de dois dígitos abaixo de zero, na onda de frio mais extrema a afetar a região em anos.
Na cidade americana de Chicago, onde a temperatura esta manhã era de -30°C, com uma sensação térmica de -46°C devido ao vento gelado, fazia mais frio do que na capital do Estado do Alasca e inclusive mais que em algumas partes da Antártica.
Mais de 1,5 mil voos foram cancelados nos dois grandes aeroportos de Chicago, e o operador ferroviário Amtrak interrompeu seu serviço com saída da cidade. Os correios suspenderam as entregas em Indiana, Michigan, Illinois, Ohio, Dakota do Norte, Dakota do Sul e Nebraska.
A causa parece ser uma massa de ar ártico que se desprendeu do vórtice polar que habitualmente rodeia o Polo Norte, provocando a onda polar.
"Uma massa de ar frio recorde se manterá no centro e leste dos Estados Unidos nos próximos dias", indicou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS, sigla em inglês). "Ventos gelados de entre 30 e 60 graus abaixo de zero serão comuns ao longo das planícies do norte, dos grandes lagos e da parte alta do meio-oeste", acrescentou.
As autoridades advertiram que as temperaturas extremas podem ser fatais, e os Estados de Illinois, Michigan e Wisconsin implementaram planos de emergência. Foram abertos centros de acolhimento para residentes em situação vulnerável e abrigos para mendigos, incluindo os cerca de 16 mil sem-teto que vivem nas ruas de Chicago.
Meios americanos atribuem ao menos cinco mortes ao frio extremo e à tempestade de neve que o precedeu.