Após passarem uma tarde e uma noite parados, caminhoneiros puderam seguir viagem, no sul do Estado, com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Às 8h desta quinta-feira (9), três viaturas chegaram a postos de combustíveis de Camaquã onde mais de uma centena de veículos de transporte estava impedida de continuar trafegando.
Segundo os agentes da PRF, um pequeno grupo de manifestantes ameaçava os motoristas caso não aderissem ao protesto. A coação por vezes era verbal, mas, em outras, pedras teriam sido expostas a quem se negasse a estacionar os caminhões.
Um dos coagidos conversou com a reportagem de GZH. Com o caminhão carregado com cinco toneladas de produtos de limpeza, Luiz Carlos — que prefere não dizer o sobrenome por medo de represália — saiu de Criciúma com destino ao Chuí. Viajou seis horas e foi obrigado a parar em Camaquã, permanecendo quase 20 horas em um posto às margens da BR-116.
— Aqui no posto estava tranquilo, mas se a gente tentasse sair eles mostravam pedras. Agora, com a PRF, a gente segue tranquilo — afirmou, apressado, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Às 8h15min, Luiz Carlos seguiu em direção à fronteira com o Uruguai.
Havia concentração, no início da manhã, em outros dois pontos de abastecimento. Bandeiras do Brasil e faixas em alusão ao presidente Jair Bolsonaro, com a inscrição "2022", estavam estendidas em alguns veículos.
A PRF acompanhou os grupos nos postos desde o início da manhã. Não houve qualquer tipo de confusão nestes locais, segundo os policiais.