Caminhoneiros realizam, desde o fim da tarde de quarta-feira (8), mobilizações em estradas de diferentes regiões brasileiras.
Entre a noite de quarta e a manhã desta quinta-feira (9), as manifestações foram registradas em 15 Estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.
Às 17h desta quinta-feira, no mais recente balanço, o Ministério da Infraestrutura divulgou que as mobilizações aconteciam em rodovias federais 10 Estados, com pontos isolados em outros cinco, totalizando 15 Estados com atos.
"A Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) segue concentrando mais da metade das ocorrências registradas neste início da tarde. Aglomerações ainda seguem nos Estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Com um único ponto seguem Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro", informou a pasta.
As concentrações já preocupam distribuidoras de combustíveis, que temem desabastecimento de produtos como gasolina e óleo diesel. A situação mais crítica é nos Estados de Santa Catarina e Mato Grosso.
Na tarde desta quinta, o presidente Jair Bolsonaro recebeu um grupo de caminhoneiros. Após o encontro, eles informaram que só encerrarão as manifestações quando forem recebidos pelo Senado.
Francisco Dalmora Burgardt, mais conhecido como Chicão Caminhoneiro, afirmou que Bolsonaro não pediu nada ao grupo, o que contradiz a fala do próprio presidente na noite de quarta-feira (8), quando o presidente gravou um áudio em que pede aos profissionais que liberem as estradas. Na mensagem, o chefe do Executivo trata os caminhoneiros como "aliados" e diz que a ação "atrapalha a economia".
— Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque no caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade — disse o presidente na gravação.