A ciclovia da Avenida Erico Verissimo está sendo construída com trechos que invadem a calçada e fazem os ciclistas disputarem espaço com os pedestres. São vários obstáculos, como árvores e tapumes. Os problemas estão principalmente no sentido centro-bairro. O Gaúcha no Pedal fez o teste pela ciclovia nessa semana: é impossível não ter que parar a bicicleta para não bater nos incontáveis pedestres, que com direito, dividem o espaço. Outros ciclistas preferem simplesmente seguir pela avenida e ignorar o desvio.
Segundo a EPTC, o motivo dos desvios são as ilhas de proteção aos pedestres que ficam nos corredores de ônibus e que afunilam a pista. O gerente de projetos da EPTC, o arquiteto Antônio Vigna, explica que os desviam foram necessários justamente para não colocar em risco a vida dos ciclistas.
"Nesses trechos a alternativa seria interromper a ciclovia, retirar a ilha de travessia do pedestre ou colocar para cima do passeio, foi a opção que a gente escolheu. Obviamente que tirando a ilha de travessia a gente aumenta o risco, e ali o risco é real de vida, então a gente opta por não fazer essa mudança", explica Vigna. Segundo ele, transformar duas faixas em uma faixa dificilmente seria aceito pela maior parte da população. "A alternativa de passar a ciclovia para cima do passeio: a gente entende que estamos numa mudança cultural, ou seja, o ciclista e o pedestre são próximos".
Alguns trechos precisaram ser refeitos, claro, pois a ciclovia não está pronta. São trechos que ficaram com uma largura maior que o projeto original. O trecho que invade a calçada bem onde há uma árvore, esse foi para o asfalto mesmo. A ciclovia tem previsão de estar concluída até o final de novembro. Ela será interligada com a ciclovia da José de Alencar, através da Gonçalves dias, que ainda serão construídas.
"Ciclofaixa da Érico, como fica o pedestre?", questiona vídeo postado no YouTube