Autoridades chinesas estariam considerando a possibilidade de Elon Musk adquirir as operações do TikTok nos Estados Unidos, caso a plataforma seja banida no país.
A informação foi divulgada pela agência Bloomberg nesta segunda-feira (13) e gerou reações da ByteDance, dona do aplicativo. Segundo a companhia, a ideia não passa de especulação.
Uma das propostas seria que o empresário, por meio da plataforma X (antigo Twitter), assumisse o controle do TikTok no mercado norte-americano. No entanto, a ByteDance declarou que a venda "não está em seus planos" e reforçou que a prioridade é lutar contra a legislação que ameaça o funcionamento do app nos EUA.
Possível negociação
O debate ocorre em meio a pressões legais que podem levar ao banimento do TikTok nos Estados Unidos. O aplicativo, que conta com mais de 170 milhões de usuários no país, é acusado de representar um risco à segurança nacional por estar sob controle de uma empresa chinesa.
A Suprema Corte dos EUA ouviu argumentos na última sexta-feira (10) sobre a constitucionalidade da lei que restringe o funcionamento do app. A decisão oficial ainda não foi divulgada, mas a tendência é de que a legislação seja mantida.
O governo chinês, segundo a Bloomberg, estaria avaliando alternativas para evitar a proibição. Entre elas, um acordo envolvendo Musk, que já possui experiência com negócios bilionários e relações com a China por meio da Tesla.
Reações de Musk e do TikTok
Elon Musk não se pronunciou sobre o assunto, mas, em abril de 2024, ele defendeu que o TikTok não fosse banido nos Estados Unidos, argumentando que a medida seria contrária à liberdade de expressão.
Já representantes da ByteDance classificaram as informações como "pura ficção".
Impactos e incertezas
A estimativa é de que as operações do TikTok nos EUA valham entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Para Musk, a aquisição poderia reforçar a presença do X no mercado das redes sociais, ampliando o alcance entre anunciantes e explorando os dados gerados pelo aplicativo.
No entanto, uma transação desse porte enfrentaria barreiras legais e políticas nos Estados Unidos e na China. Por enquanto, as deliberações permanecem preliminares e sem consenso entre as autoridades chinesas.
A expectativa é de que a situação do TikTok possa ser definida nas próximas semanas, com a posse de Donald Trump em 20 de janeiro. O presidente já sinalizou interesse em encontrar uma solução para o aplicativo.