O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) o projeto de lei aprovado no Congresso que pode proibir o TikTok no país. A medida força a chinesa ByteDance, responsável pela plataforma, a repassar a operação da rede social para uma empresa norte-americana no prazo de 270 dias. Caso isso não seja cumprido, o TikTok não funcionará mais no país.
Mas por que os Estados Unidos compraram briga com o TikTok? A rede social tem mais de 170 milhões de usuários no país. Abaixo, veja seis pontos que ajudam a entender a situação.
1. Segurança nacional
O principal motivo alegado pelo país norte-americano é que o TikTok representa risco à segurança nacional por coletar dados confidenciais e sensíveis dos mais de 170 milhões de usuários. A empresa nega.
Até agora, os EUA não apresentaram provas de que haja coleta indevida de informações. Um documento do Departamento de Justiça norte-americano afirmou, segundo a agência Reuters, que o TikTok representa uma preocupação porque possui um "volume imenso de dados sensíveis" e que, por pertencer a uma empresa chinesa, isso "coloca os usuários em risco".
2. Quem acessa os dados?
O TikTok diz que eles só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar essas informações.
3. Pacote
Esse projeto aprovado e sancionado é parte de um pacote maior, que oferece ajuda econômica a Israel, Ucrânia e Taiwan — epicentro de uma tensa crise entre os Estados Unidos e a China. O valor que será destinado a Taiwan é de US$ 8,12 bilhões (R$ 41,6 bilhões), para “combater a China comunista” no Indo-Pacífico..
4. Venda
Segundo a lei, uma empresa norte-americana deve assumir o controle da plataforma nos Estados Unidos. Atualmente, a plataforma é controlada pela empresa chinesa ByteDance. Essa organização tem 270 dias , a partir desta quarta-feira (24) para que a venda se efetive. Se a empresa não encontrar um comprador, Apple e Google terão que remover o TikTok das suas lojas de aplicativo.
5.Empresa se opõe
O TikTok ameaça uma ação legal para se opor à lei aprovada. O CEO da empresa, Shou Chew recomendou que os usuários fiquem tranquilos porque "não vamos a lugar nenhum". O gestor acrescentou que seguirá a luta pelo direito nos tribunais.
6. Biden e Trump
Ex-presidente Donald Trump encampou proibição do app alegando, sem provas, risco de espionagem de dados dos usuários pela China. A Justiça chegou a barrar o banimento do TikTok na época, mas Joe Biden e o Congresso retomaram a discussão. Trump, atualmente, dá declarações ambíguas, afirmando que jovens poderão "ir à loucura" sem o app.