Como se fosse um exemplar vindo do universo futurista da série Black Mirror, uma equipe de engenheiros da Universidade de Washington , nos Estados Unidos, desenvolveu robôs voadores do tamanho de insetos, criação que pode ser o primeiro "robô-mosca" já elaborado.
De acordo com os desenvolvedores do projeto, o resultado da pesquisa será apresentado em 23 de maio na Conferência Internacional de Robótica e Automação, que acontece em Brisbane, na Austrália. No entanto, eles já adiantaram que o aparelho poderá ser útil para inspecionar plantações, detectar vazamentos de gás ou até mesmo entrar em locais de difícil acesso para drones maiores.
Batizado de RoboFly, o aparelho é menor que a ponta de um lápis. Devido ao seu tamanho, muito pequeno para a utilização de hélices presentes em drones convencionais, o robô, como se fosse um inseto, possui asas para voar. Em sua estrutura, há a utilização de raios laser como fonte de energia.
Para que seja possível o voo, os engenheiros desenvolveram um sistema de comunicação entre o controlador e as asas do equipamento eletrônico por meio de ondas.
— O controlador usa pulsos para dar forma a essas ondas — diz o autor principal do projeto e estudante de doutorado de engenharia mecânica na universidade, Johannes James.
Como ainda está em fase inicial de pesquisa, RoboFly só consegue realizar voos breves, pousando logo após sair do solo. Um dos objetivos da equipe é proporcionar a execução de deslocamentos mais longos futuramente. Nas próximas versões do aparelho, os engenheiros esperam que o robô-mosca possa ser alimentado via baterias minúsculas ou por sinais de radiofrequência, além de mecanismos que propiciem à máquina mais autonomia.