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“Acabou com a nossa família, estamos sem chão”, diz tia de menino que morreu após ser atirado de ponte em São Gabriel

Alexandra Talia da Silva Francisco, 24 anos, falou com Zero Hora nesta quinta-feira (27) horas depois do sepultamento de Théo Ricardo Ferreira Felber, de cinco anos, em Nova Hartz

Vinicius Coimbra

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Alexandra Talia da Silva Francisco / Arquivo pessoal/Divulgação
Alexandra esteve com Théo pela última vez no dia 15 de março.

Alexandra Talia da Silva Francisco, 24 anos, vivia uma tarde normal de trabalho na terça-feira (25), em Nova Hartz, no Vale do Sinos. No entanto, por volta das 13h, uma ligação informou que o sobrinho dela, Théo Ricardo Ferreira Felber, de cinco anos, havia sido morto em São Gabriel, na Fronteira Oeste, momentos antes.

— Achei que fosse mentira, que ele (o pai) não faria isso. Só que, durante a tarde, tivemos a confirmação. Começamos a ver as notícias na internet. Foi um choque — disse a tia.

O pai da criança, Tiago Ricardo Felber, 40 anos, assumiu à Polícia Civil ter atirado o filho de uma ponte sobre o Rio Vacacaí. O menino estava vivo antes da queda, conforme a investigação. 

O corpo dele foi encontrado horas depois, e Tiago se entregou à polícia. Após o crime, ele enviou áudios a familiares assumindo a autoria.

Alexandra, que é irmã da mãe de Théo, conversou com Zero Hora horas depois do sepultamento do menino, ocorrido na manhã desta quinta-feira (27), em Nova Hartz, onde ele morava com a mãe desde o ano passado.

— Foi a coisa mais preciosa que aconteceu na nossa vida. A gente tinha muito amor e zelo por ele, que não deixava de nos agradar, de nos abraçar, de dizer que nos amava. O Théo dava muito valor a tudo o que a gente proporcionava para ele. Isso que aconteceu acabou com a nossa família, estamos sem chão, arrancou um pedaço do nosso coração — acrescentou Alexandra.

Último momento com o sobrinho

A tia conta que o menino era tímido, percepção também relatada pelos colegas de escola. Ela e o esposo estiveram com o menino pela última vez no último dia 15, quando a criança dormiu na casa deles.

— Ele era apaixonado pelo meu marido. Levamos o Théo para cortar o cabelo, depois para casa: tiramos foto, demos risada, ele ficou olhando desenho, contou como é que foi na escola, perguntou sobre a moto do meu marido. Esse foi meu último momento com meu sobrinho — disse.

Segundo ela, a família aguarda celeridade no processo do crime e punição ao autor do fato.

— Meu sobrinho era uma criança de cinco anos, cheia de sonhos, muito especial. Nossa família quer que a justiça seja feita, que não se tape os olhos para esse acontecimento e que ele (o pai) não saia impune e receba pena máxima — pontuou.

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