A Corregedoria da Polícia Penal pretende divulgar na próxima semana o resultado da investigação interna que apura a morte de um líder de facção no Complexo Penitenciário de Canoas, ocorrida há duas semanas. Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, foi assassinado a tiros dentro da unidade 3, onde estavam sendo mantidos presos perigosos por conta do bloqueador do sinal.
A sindicância corre em paralelo com a investigação criminal a cargo da Polícia Civil. O procedimento administrativo visa identificar as falhas no esquema de segurança que possibilitaram o acesso da arma e o encontro entre presos de facções opostas. Já o inquérito da Polícia Civil analisa a questão criminal.
Ganha força, na investigação interna do órgão, a tese de que a arma usada pelos criminosos para matar o desafeto tenha entrado na prisão com auxílio de um drone.
Conforme informações parciais da sindicância, obtidas pela reportagem da Rádio Gaúcha, parte da dinâmica do crime não ocorreu como inicialmente informado por fontes ligadas à Polícia Penal. O número de tiros e a movimentação dos criminosos nos instantes anteriores ao crime estão sendo revisados, na sindicância, em relação aos primeiros relatos divulgados sobre o caso.
O assassinato do preso na Pecan ocorreu no módulo 3 do complexo penitenciário, que estava destinado a líderes de facção criminosas. Eles haviam sido transferidos para este espaço, segundo o governo do Estado, para que não pudessem utilizar equipamentos de comunicação – visto que na Pecan há bloqueador de sinal.
Após o crime, na última semana, esses líderes de facção foram retirados da Penitenciária de Canoas (Pecan) e transferidos, em sua maioria, para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), que agora passou a contar, também, com o sistema de bloqueio de sinal.