Todos os membros da diretoria da Fundação Saúde, órgão da secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, serão trocados após a revelação dos casos de transplantes de órgãos infectados por HIV, há 10 dias. O anúncio foi feito pelo governador do Estado, Cláudio Castro, nesta segunda-feira (21). A informação é do jornal O Globo.
Nos próximos dias, os atuais ocupantes dos cargos deixarão as seis diretorias da fundação: executiva, administrativa e financeira, recursos humanos, planejamento e gestão, técnico-assistencial e jurídica.
Ainda não há um nome previsto para substituir o atual diretor-geral, João Ricardo da Silva Pilotto, que ocupa o cargo desde 2017.
Entenda o caso
Seis pessoas que passaram por transplantes no Rio de Janeiro receberam órgãos infectados pelo vírus HIV.
Os testes de sorologia dos órgãos foram realizados pela empresa PCS Laboratórios, no município de Nova Iguaçu. A empresa foi contratada em dezembro do ano passado em uma licitação emergencial. O laboratório foi interditado. O governo do RJ diz ter aberto sindicância e o Ministério Público do Estado investiga o caso.
Segundo o g1, a Anvisa descobriu que o PCS não tinha kits para realização dos exames de sangue nem apresentou documentos comprovando a compra dos itens, o que levantou a suspeita de que os testes podem não ter sido feitos e que os resultados tenham sido forjados.
Até o momento, cinco pessoas foram presas.