A operação que investiga o influenciador Nego Di por suspeita de lavagem de dinheiro terminou com a prisão da esposa do humorista, Gabriela Sousa. Ela foi autuada em flagrante em Florianópolis (SC), nesta sexta-feira (12), por estar com uma arma sem registro e de uso restrito das Forças Armadas, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul. Gabriela pagou fiança de R$ 14 mil e foi solta.
Neste domingo (14), em Santa Catarina, Nego Di foi preso pela Polícia Civil. A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão por estelionato.
Em nota, os advogados do casal afirmam que não tiveram acesso aos autos dos inquérito. A defesa acrescenta que "a inocência dos investigados será provada em momento oportuno". Leia a íntegra abaixo.
Gabriela tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais. Ela se apresenta como empresária, CEO de uma empresa de estética em Porto Alegre. A esposa do influenciador também é bacharel em Direito, formada por uma universidade da capital.
A investigada costuma publicar fotos e vídeos mostrando sua rotina "fitness", com dicas de treino, além da rotina de luxo do casal.
Na época da enchente, quando Nego Di sofreu sanções da Justiça por divulgação de fake news em seus perfis nas redes sociais, Gabriela publicou uma ilustração que retratava o marido como o super-herói Aquaman em uma rua alagada.
A Justiça determinou a exclusão imediata das publicações do influenciador e proibiu Nego Di de reiterar as afirmações mentirosas, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil.
Investigação do MP
Nesta sexta-feira (12), o humorista foi alvo de mandados de busca e apreensão no litoral de Santa Catarina, suspeito de lavar R$ 2 milhões obtidos em rifas virtuais.
De acordo com o promotor de Justiça responsável pela investigação, Flávio Duarte, dois veículos de luxo dos investigados e a arma de uso restrito sem registro foram apreendidos. A mulher do influenciador foi presa em flagrante.
O objetivo das buscas também é recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, para se ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal. O MP também obteve da Justiça o bloqueio de valores, além da indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados aos fatos apurados.
Nota da defesa dos investigados:
"A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula"