A Polícia Civil diz conhecer a motivação e afirma ter revelado a autoria do assassinato de Bruna Eduarda Garcia Anhaia, 22 anos. A jovem foi encontrada sem vida na manhã de domingo (16), com indícios de violência sexual e evidências de que tentou enfrentar o agressor antes de ser espancada e morta com pelo menos três tiros. Seu cadáver foi localizado em uma área de lazer à margem do Rio Uruguai, em Itaqui, cidade para onde havia mudado para escapar de um relacionamento abusivo.
O caso, conforme o delegado Ericson Mota, é tratado como feminicídio.
— A investigação avançou. A autoria está definida. A materialidade também, de quem cometeu o delito, como e por que cometeu. O criminoso, desde que foi procurado para prestar depoimento, não se apresentou. O que a investigação aponta é que este homem pegou suas coisas e sumiu. É considerado foragido — aponta o delegado.
Mota sustenta não poder divulgar a identidade do suspeito, por questões técnicas relacionadas ao inquérito.
— Estamos buscando a captura dele — justifica.
Jovem almejava mudanças
Aos novos amigos, conhecidos nas últimas semanas em Itaqui, Bruna não hesitava em contar que desejava reestruturar sua vida.
— Estou chocada. Esta menina veio algumas vezes no meu salão fazer unhas das mãos e dos pés. A última delas foi sábado (15), um dia antes desse crime terrível. Estava entusiasmada. Falava em recomeço. Tinha recebido uma oportunidade como babá — conta a manicure Rozana Aguilar Fernandes, 34 anos.
Vizinho de Bruna, que pediu para não ter o nome citado no texto, lembra que a jovem completaria 23 anos na próxima quarta-feira (26) e planejava celebrar a data na companhia dos novos amigos.
— Ela também falava em buscar a filhinha de quatro anos que ficou com avó, em Uruguaiana. Tinha trabalhado naquele dia como babá. Foi o primeiro dia no trabalho novo. Resolveu sair para dançar. Falamos algumas horas antes dela ser assassinada. Muito triste — lamentou.