O juiz Gilberto Pinto Fontoura, que preside o Tribunal do Júri da mãe da madrasta do menino Miguel, acusadas de matar a criança em 2021, prevê que a sentença só seja conhecida depois das 21h desta sexta-feira (5). O segundo dia de atividades começou às 9h50min, com o debate entre acusação e defesas.
— São nove horas de debate, o Ministério Público começa a falar, sempre tem um atraso normal, deve falar até meio-dia. Uma hora de intervalo para o almoço, e a defesa começa a falar. Depois, com duas horas para Ministério Público e defesa, isso chega às 20h. O Conselho de Sentença se reúne e deve demorar uma hora — estimou o juiz.
Como a sessão se iniciou com alguns minutos de atraso, a estimativa deve se alongar ainda mais. Antes de iniciar os debates, o Ministério Público manifestou que deve usar todo o tempo disponível, inclusive indo para a réplica.
— São muitos volumes de prova, de modo que, provavelmente, todo o tempo será usado — destacou o promotor André Tarouco.
A acusação ainda promete revelar ao público novas provas, que até então estão apenas nos autos do processo. Os promotores não quiseram adiantar quais seriam, nem se trata-se de vídeos, áudios ou documentos.
— O Miguel não sabe por que morreu, mas hoje ele vai saber por que entrou para a história, que a vida dele deixou um legado para o nosso Estado — afirmou a promotora Karine Teixeira.
A defesa de Yasmin afirmou que não deve buscar absolvição, mas uma condenação apenas pelos crimes praticados pela mãe. No entanto, a advogada Thais Constantin não revelou quais serão os pedidos.
A defesa de Bruna afirmou que só vai se manifestar em plenário.
O primeiro dia de júri
No primeiro dia de julgamento, na quinta-feira (4), três testemunhas de defesa e três de acusação prestaram depoimento
No começo da noite, iniciaram-se os depoimentos das rés. Yasmin foi a primeira a falar. O interrogatório durou cerca de duas horas. A mulher admitiu ter levado a mala com o corpo até o rio, mas disse que ele morreu em razão da medicação que tomou
Por volta das 20h45min, iniciou-se a fala da madrasta. Em depoimento que contrariou a versão da mãe, ela disse que o enteado foi torturado por ela e pela mãe