O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite anunciou o chamamento de 1.798 novos servidores para a Segurança Pública do Estado. O cronograma foi detalhado em transmissão ao vivo no Instagram na tarde desta quarta-feira (28). Esse reforço no efetivo representa investimento estimado em R$ 483,2 milhões até o fim de 2026.
De acordo com o governador, serão incorporados servidores na Brigada Militar (BM), na Polícia Civil, na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e no Corpo de Bombeiros Militar.
Com essas nomeações, Leite afirma que o Estado deve alcançar o maior efetivo das forças de segurança na última década, com projeção de totalizar 34.474 servidores. Segundo o governador, com o reforço de servidores da Susepe, a previsão é de que cerca de 490 policiais militares que estavam apoiando a administração e segurança de prisões possam voltar a atuar nas ruas.
— A gestão do Estado, colocar as contas em dia, equilíbrio fiscal não é um fim em si mesmo. É um meio fundamental para que a gente possa ter condições de sustentar investimentos e prestação de serviços públicos para a população. Quero renovar minha admiração e respeito pelos homens e mulheres que compõe as forças de segurança do Estado, e o nosso compromisso em continuar investindo não só em efetivo, mas também em armamento, tecnologia e viatura — afirmou Leite sobre os investimentos na segurança pública.
O cronograma foi apresentado inicialmente aos deputados da base aliada, em reunião no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
Redução de tropas
O anúncio acontece no aniversário de cinco anos do programa RS Seguro e um dia após o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgar dados da pesquisa inédita Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil.
A pesquisa indica que o Rio Grande do Sul ocupa hoje o segundo lugar em redução de tropas dentre todas as polícias militares do país. Em 10 anos, o número de PMs gaúchos passou de 23,1 mil para 17,9 mil, redução de 22,5%.
A Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul ressalvou, em nota, que os bombeiros ainda faziam parte da Brigada Militar em 2013. Ou seja, parte da redução no efetivo seria em razão da saída do Corpo de Bombeiros do guarda-chuva da Polícia Militar.
Veja o calendário dos chamamentos
Fevereiro
- Corpo de Bombeiros: 100 soldados (praças)
- Brigada Militar: 51 oficiais
Março
- Susepe: 144 agentes penitenciários, 113 agentes penitenciários administrativos e 211 técnicos superiores
Abril
- Brigada Militar: 550 soldados
Agosto
- Polícia Civil: 42 delegados
- Corpo de Bombeiros: 20 oficiais
Outubro
- Brigada Militar: 567 soldados