Condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos, Fernando Júnior Treib Krol foi um dos alvos da operação contra um grupo suspeito de usar aviões para trazer drogas do Paraguai, deflagrada nesta terça-feira (12). Ele não foi encontrado e passou a ser considerado foragido neste caso também..
A polícia afirma que Krol tinha papel de gerente na organização. Ele é apontado como um aliado da cúpula de uma facção e responsável por movimentações financeiras do grupo. Na operação desta terça, um piloto foi preso e outro que já estava na cadeia recebeu nova ordem de prisão.
No caso do ex-secretário de Saúde, Krol foi apontado como executor. Em 2016 foi condenado por homicídio qualificado, bando armado (associação criminosa), fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Em abril de 2020, durante a pandemia, passou a cumprir a pena em prisão domiciliar por ser, segundo a defesa, do grupo de risco para a covid-19. Quase um ano depois, rompeu a tornozeleira eletrônica por meio da qual era monitorado e se tornou foragido.
A Polícia Civil pede a quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Fernando Júnior Treib Krol que entre em contato com o disque-denúncia pelo Whatsapp 51 98683-3907. O sigilo é garantido.
Relembre o caso
Então secretário de Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos foi assassinado em fevereiro de 2010, no bairro Floresta. O crime ocorreu quando ele saía de um culto religioso acompanhado da esposa, Denise, e da filha, então com sete anos. Santos portava uma pistola e chegou a ferir um dos criminosos, mas, atingido por dois tiros, morreu instantes depois.
Doze pessoas foram acusadas de envolvimento com o crime.
A motivação do crime gerou divergência entre Polícia Civil e Ministério Público. A polícia concluiu que se tratava de um latrocínio. No entanto, o MP entendeu que o ex-secretário fora vítima de um complô para matá-lo. Os diferentes entendimentos causaram polêmica entre as duas instituições na época. Por conta do número de réus e divergência na investigação, o caso só teve um desfecho em primeira instância na Justiça em dezembro de 2022.