Um a um, seis paraquedistas vão se aproximando dos fundos da aeronave. A 300 metros de altura, a porta traseira se abre e, sob intensa fuzilaria vinda de terra, os combatentes mergulham no céu para se infiltrar em território inimigo.
Até 17 de novembro, 1,2 mil militares das Forças Armadas participam no Rio Grande do Sul da Operação Tínia. Espalhados em uma área de 16 mil quilômetros quadrados entre Caçapava do Sul e Santana da Boa Vista, na Campanha, eles executam treinamento de combate aéreo, defesa antiaérea, infiltração com paraquedistas e lançamento de suprimentos.
Ao todo, 33 aeronaves atuaram nos exercícios, desde caças supersônicos F5 a aviões de carga e radar. São 12 esquadrões aéreos e três grupos de defesa antiaérea. A movimentação não envolve tropas terrestres nem conquista de território. Embora seja uma operação conjunta das três forças, os efetivos do Exército e da Marinha atuam mais como suporte da Aeronáutica, que comanda toda a execução do adestramento.
Até o final dos trabalhos, as aeronaves terão executado 900 horas de voo, partindo sempre das bases de Canoas e Santa Maria. O combate é todo simulado, sem emprego de munição real.
— Começamos o planejamento no início do ano. É um cuidado minucioso para que seja possível executar todos os objetivos e garantir a segurança de todos — afirma o comandante da Base Aérea de Canoas, Marcelo Bussmann, que também chefia a Operação Tínia.