A Polícia Civil realizou uma operação, na manhã desta sexta-feira (25), contra um grupo que alugava carros para fazer telentrega de drogas na Capital e Região Metropolitana. De acordo com a investigação, os criminosos realizavam cerca de 70 entregas de entorpecentes por dia.
O titular da 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, delegado Eduardo Amaral, diz que a quadrilha alegava que os veículos seriam usados para transporte por aplicativo, porém os utilizavam para distribuir as drogas para clientes em Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí e na zona norte da Capital.
Por mês, conforme inquérito instaurado, o grupo movimentava cerca de R$ 100 mil. Além dos veículos, os suspeitos também alugavam residências, as quais serviam de depósito para os entorpecentes. Até as 9h três pessoas haviam sido presas e 20 celulares apreendidos, sendo oito em casas prisionais.
Junto ao cumprimento de cinco mandados de prisão, os agentes também realizaram 20 mandados de busca e apreensão nestes municípios e também em Canoas, Camaquã e Charqueadas. A chamada "Operação Delivery" envolveu 110 policiais civis e guardas municipais de Gravataí. A investigação continua.
— Durante quatro meses de investigação, nós apuramos que detentos do sistema prisional coordenavam a venda de drogas por meio de entregas domiciliares. O líder, ainda não identificado, coordenava quatro operadores que faziam as entregas em veículos alugados — explica Amaral.
O delegado informa que achou o aluguel de três carros por parte da quadrilha. Segundo ele, a apuração iniciou depois da prisão em flagrante de um destes quatro operadores. Na ocasião, em Gravataí, foram apreendidos 10 quilos de cocaína em uma casa.
Outro fato apurado é o envolvimento de uma estudante universitária da Região Sul do Estado. Amaral diz que ela seria companheira do líder do esquema e, inclusive, foram obtidas algumas provas sobre tentativa dela em vender drogas nas imediações da universidade.
Além das cidades onde houve apreensões e prisões, Amaral apenas ressalta que também houve buscas em presídios de Camaquã, Charqueadas e Montenegro.
Sobre os presos, que também não tiveram nomes revelados, a polícia informa que eles têm antecedentes criminais por homicídio, roubo majorado, furto, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Dois criminosos ainda seguem foragidos.