Uma operação policial conjunta — Polícia Civil e Brigada Militar — realizada na manhã desta quarta-feira (23) em cidades da Região Metropolitana, Vale do Sinos, Vale do Paranhana e Vale do Caí, resultou na prisão de nove suspeitos de ligação com o tráfico de drogas e crime organizado.
Cerca de 110 policiais civis e militares cumpriram mandados de prisão e busca contra um grupo que tem base em Sapucaia do Sul e Esteio, na Região Metropolitana. Além das prisões, a polícia apreendeu dois coletes à prova de balas (com placas de cerâmica usadas dentro destes materiais para resistir ainda mais ao impacto de tiros), cinco armas, munição, 15 celulares, dinheiro e uma pequena quantidade drogas.
Conforme o titular da 2ª Delegacia de Sapucaia do Sul, delegado Gabriel Lourenço, o grupo, apesar de agir a partir do município de Esteio, tinha ramificações por outras cidades e era comandado por detento. Todos os suspeitos integram uma facção que tem base no Vale do Sinos.
— Descobrimos suspeitos agindo para o líder, que está na cadeia, e seus gerentes, em Sapucaia do Sul e Esteio, em cidades como Montenegro, Novo Hamburgo e Igrejinha. O alvo principal da ação desta manhã (terça-feira) comanda um complexo esquema de tráfico de drogas e detém um grande arsenal de armas de fogo, o qual usa para ameaçar seus rivais — diz Lourenço.
O alvo principal, o líder deste esquema criminoso, é um apenado da Penitenciária Modulada de Montenegro. Ele tem vários antecedentes policiais por roubos em geral, roubos a residências, porte ilegal de arma de fogo, receptação, homicídio e tráfico de drogas.
Já o diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana (DRM) da Polícia Civil, delegado Cristiano Reschke, diz que o grupo também é conhecido por armazenar um grande número de armas e alugá-las para outras quadrilhas. A investigação continua para apurar onde ficam os depósitos de armas e drogas deste grupo, bem como para apurar se há mais envolvidos.
A polícia não divulgou os nomes dos presos, mas revela que outra apuração — paralela a do tráfico — será a da lavagem de dinheiro. O grupo estaria comprando bens e depositando dinheiro na conta de laranjas. O valor total ainda é investigado, porém, já foram contabilizados até o momento R$ 50 mil.