Marizan de Freitas, 35 anos, foragido da Justiça, foi preso pela Polícia Civil, nesse domingo (30), em São Paulo. Conhecido como Maria, o criminoso, que soma 38 anos de condenações, havia fugido da prisão domiciliar na última semana. Apontado pela polícia como um dos líderes de uma facção que atua no Vale do Sinos, Marizan foi capturado em uma operação conjunta das polícias gaúcha e paulista. O trabalho de investigação policial apurou que Marizan estava se preparando para se mudar para o Exterior.
O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do RS, afirma que foram empregadas todas as técnicas e recursos disponíveis para realizar a prisão do foragido. O criminoso foi capturado dentro de um restaurante na capital paulista.
—A investigação foi feita com nossos dados das equipes de Inteligência. Foi um trabalho realizado pelos policiais da 3ª DIN, que estavam lá em São Paulo, e também pela delegacia de capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) que trabalharam em sincronia nessa ação — explica Sodré.
O secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (31), disse que lugar de bandido, de criminoso, é na Pasc ou qualquer outro presídio de segurança máxima.
— Lugar de bandido é na Pasc ou outro presídio de segurança, não em condomínio de luxo em São Paulo. Ele preso, com certeza reduz número de homicídios e de roubos — destacou Caron.
O secretário lembrou que o presidiário recebeu proteção de uma facção paulista, tanto para ficar em São Paulo, quanto para planejar a fuga do Brasil, ele estaria planejando ir para o Peru. Caron disse que foi um trabalho técnico, de inteligência e rápido.
Segundo ele, um líder de organização criminosa nas ruas sempre tem mais tempo para comandar assassinatos e roubos, ou seja, considerou um prejuízo e um retrabalho para a polícia, com grandes gastos públicos. No entanto, ele não quis entrar no mérito da decisão judicial.
O delegado Borges também destacou que Marizan não estava usando tornozeleira e passou toda a quinta-feira de semana passada em um hospital da Capital para cirurgia. Mas, quando soube da prisão domiciliar, logo fugiu. Segundo o policial, foi neste instante que iniciou o trabalho da instituição.