Nove pessoas foram indiciadas em investigação sobre o desvio de 15 mil sacas de arroz — o equivalente a 750 toneladas — em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. O inquérito foi concluído na quinta-feira (27), pela 2ª Delegacia de Polícia do município.
Os crimes apontados no inquérito são associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado e falsificação de documento público. Dos nove investigados, três foram presos preventivamente na Operação Carrossel de Arroz.
Segundo o delegado Wellington Pinheiro, responsável pela investigação, os três presos conseguiram cooptar funcionários do Grupo Agropecuária Ceolin para que a saída das cargas fosse facilitada. Os trabalhadores ainda teriam disfarçado o furto das sacas com a emissão de notas fiscais falsas.
De acordo com Pinheiro, os desvios ocorreram entre julho de 2022 e março de 2023 e causaram o prejuízo de, aproximadamente, R$ 1,2 milhão. A polícia considera o caso como o maior furto de arroz da história de Uruguaiana.
Segundo a investigação, o líder do esquema seria um empresário de Uruguaiana que tinha registro de produtor rural. Apuração apontou que ele começou a revender as cargas para empresas de comércio de arroz e utilizou uma cooperativa do município para depositar e negociar a produção.
A Operação Carrossel de Arroz ainda resultou na apreensão de de três carros, entre os quais uma Mercedes.
O Grupo Agropecuário Ceolin afirma que demitiu todos os funcionários envolvidos no esquema.