Uma mulher de 30 anos que cumpria prisão domiciliar desde 2017, por envolvimento em um caso de lesão corporal grave e estupro de vulnerável contra uma criança de oito anos à época, foi presa na quarta-feira (19) e passa a cumprir pena em regime fechado, após condenação pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) a 11 anos e nove meses de reclusão.
A prisão ocorreu em em Júlio de Castilhos, na Região Central. Conforme o delegado Adriano Winkelmann de Rossi, titular da Delegacia de Polícia da cidade, na ocasião do crime, em abril de 2017, a mulher cuidava da filha de uma vizinha, que estava em viagem. A criança foi abusada sexualmente, teve dedos do pé direito amputados e perdeu a audição devido a agressões praticadas por um homem que conhecia a mulher, que segundo a polícia foi "conivente" com a ação.
— Ela permitiu que a criança fosse até o pátio com o homem, que era conhecido dela. Além de tapas, chutes e golpes de relho, ele enfiou um objeto pontiagudo no ouvido da menina e causou grande pressão sob o pé direito dela — explica Rossi.
Apesar de não ter participado das agressões e do abuso, ela escutou tudo de dentro de casa e não acionou a polícia. Por isso, foi presa preventivamente por oito dias e, depois, progrediu para a prisão domiciliar até o julgamento do TJ-RS, que ocorreu em fevereiro deste ano.
— Ela não fez nada para impedir as lesões e o estupro, mesmo com os gritos da criança — diz o delegado.
Já o homem fugiu logo depois do crime, mas foi preso em flagrante ao praticar um roubo em Porto Alegre. Ele foi condenado a 17 anos e dois meses de prisão e está preso desde 2017 em regime fechado.
*Produção: Lucas de Oliveira