A Polícia Civil do Rio Grande do Sul identificou, na manhã deste sábado (10), os dois homens que foram assassinados durante a madrugada na pista de skate da orla do Guaíba, em Porto Alegre. As vítimas são William Silva de Paula, 21 anos, e Vinícius Luís Silva da Silva, 20. Outras seis pessoas ficaram feridas e não correm risco de morrer.
A corporação trata o caso como homicídio doloso e a investigação é liderada pela 6ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre. Segundo o delegado Thiago Carrijo, dois homens chegaram ao local em uma moto, conversaram com as vítimas e um deles realizou os disparos de arma de fogo. Imagens de câmeras de monitoramento estão sendo verificadas para identificar as circunstâncias do crime. A polícia trabalha com a possibilidade de execução.
— A equipe de investigação está fazendo a análise de algumas imagens. Percebemos um grupo de pessoas reunidas. Em determinado momento, começa uma discussão entre eles. Então, a gente está analisando ainda para ter a certeza se tivemos um ou dois atiradores — disse Carrijo, ao vivo na Rádio Gaúcha.
Ninguém foi preso até o momento. A Guarda Municipal afirma que mantém a orla monitorada 24 horas, por meio de câmeras e do efetivo. Segundo o comandante Marcelo Nascimento, cerca de uma hora antes da ocorrência, havia uma operação integrada naquele ponto.
O secretário-adjunto de segurança pública de Porto Alegre, Comissário Zottis, destaca que outras áreas estavam sendo atendidas naquele momento.
- O esforço concentrado que teve início em 2021 teve o objetivo de regular a vida noturna na Capital e transmitir uma maior sensação de segurança. Essa ação é composta pela Guarda Municipal, pelas forças de segurança do Estado, EPTC e fiscais do município. Nesta madrugada, estávamos atendendo, além da orla, o 4º Distrito, Cidade Baixa e também o Rio Branco - afirma Zottis.
Sensação de insegurança
Nesta manhã, após o crime, GZH circulou pelo local para conversar com os praticantes. Apesar das marcas do duplo homicídio que aconteceu na madrugada - como fitas de isolamento e círculos no chão onde ficou cada cápsula - a pista estava lotada de praticantes, desde os adultos até crianças realizando aulas.
O supervisor de manutenção Edson Pereira Nogueira, 45 anos, conta que gostava de ir para o local com os filhos de nove e 13 anos no final da madrugada, pelas 5h30.
— A gente vinha cedinho porque a pista estava mais liberada. Só que hoje não acontece mais, a galera faz festa em cima da pista e a gente não consegue andar. A gente tem medo, bastante receio de não poder usar mais — reclamou o skatista que passou evitar o horário por causa dos filhos.