O motorista de aplicativo Jakson Padilha Silva, 27 anos, de Júlio de Castilhos, na Região Central, segue desaparecido. Ele não é visto desde a tarde de sábado (8), quando foi acionado para fazer uma corrida dentro do município para Jefferson de Souza Ribas, 35.
O passageiro foi encontrado morto na localidade de Sortiga, ainda na noite de sábado. No domingo (9), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, com auxílio de cães farejadores, fizeram buscas por Jakson, mas nada foi encontrado.
Conforme o delegado Adriano Winkelmann de Rossi, titular da Delegacia de Polícia de Júlio de Castilhos, as buscas foram concentradas entre as localidades de Cerrito e Sortiga. A primeira seria até onde a corrida foi solicitada por Jefferson. A segunda foi onde o corpo do passageiro foi encontrado. No entanto, nenhum vestígio foi identificado pelos cães.
— A gente fez essas buscas com os cães na região em que o Jefferson foi encontrado e na região em que seria o destino combinado dele, próximo a um cemitério (em Cerrito). Eu queria eliminar a possibilidade do Jakson estar em Júlio de Castilhos e ontem (domingo), quando os cães passaram, não sentiram nada. O que leva a crer que ele não foi nesse local onde a vítima foi encontrada morta e também nesse local onde seria o seu destino próximo ao cemitério — explica o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, para que novas buscas sejam feitas, são necessários elementos que apontem alguma possibilidade de Jakson ter passado por determinado local. Segundo o delegado Rossi, a investigação é de alta complexidade e, por isso, nenhuma hipótese é descartada.
O carro de Jakson foi encontrado na cidade de Encantado, no Vale do Taquari, sendo conduzido por um homem que portava uma pistola calibre 9 milímetros. O calibre é o mesmo das cápsulas encontradas próxima ao corpo de Jefferson.
Segundo o delegado Rossi, o homem negou envolvimento com a morte da vítima. Mas ele é apontado como o principal suspeito do crime já que também há provas de que ele estava em Júlio de Castilhos no sábado.
Outro fato que é investigado pela Polícia Civil é um possível envolvimento de Ribas, assassinado na noite de sábado em Júlio de Castilhos, com o assalto a uma propriedade rural no interior de Tupanciretã na segunda-feira (3) da semana passada. Ele era ex-funcionário da fazenda de Reneu Morais da Silva, de 63 anos. O idoso morreu na quarta-feira em um hospital de Santa Maria devido aos ferimentos causados pelas agressões de criminosos durante as 10h em que ele ficou como refém durante o assalto em sua propriedade.