Após audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (6) com o autor do atentado na escola infantil Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, a Polícia Civil de Santa Catarina está focada em buscar as motivações do crime e possíveis coautores.
Em depoimento, o homem de 25 anos confessou que, inicialmente, seu alvo era outra escola, mas que mudou de ideia, decidindo-se pela Cantinho Bom Pastor.
O celular dele já teve os dados extraídos pela polícia científica catarinense, em Joinville, para a análise, e pelo menos 40 gigabytes de memória foram coletados — o que, segundo a corporação, é considerado um grande volume de dados. O conteúdo foi repassado ao setor especializado em crimes cibernéticos. Varreduras estão sendo feitas para entender a dinâmica do atentado.
— Uma equipe está realizando a análise desses dados para apurar se continha informações relevantes acerca do caso, se eventualmente há coaturores e partícipes do crime, se estava envolvido em algum grupo relacionado a este tipo de crime, e detalhes que vão poder nos auxiliar a entender a motivação dos crimes — explicou Rodrigo Raitez, um dos dois delegados que conduzem a investigação.
A polícia trabalha ainda com imagens de câmeras de segurança para tentar elucidar, em especial, os momentos anteriores ao crime, e vem traçando um perfil completo do suspeito.
Na quarta-feira (5), o autor do atentado pulou o muro da creche e atingiu com golpes de machadinha as crianças que estavam no parquinho da instituição. Quatro morreram e outras cinco ficaram feridas.