Ocorreu nesta quinta-feira (23) o último dia do novo julgamento de Leandro Boldrini, acusado de ter sido o mentor intelectual da morte do filho Bernardo, ocorrida em 2014. Boldrini havia sido condenado, em 2019, a 33 anos e oito meses de prisão em regime fechado, mas a decisão foi anulada em 2021. Neste novo júri, foi sentenciado a 31 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, dissimulação e emprego de veneno) e falsidade ideológica.
A sessão final foi marcada pelos debates entre a acusação, feita pelo Ministério Público, e a defesa de Boldrini, representado pelos advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé.
Durante argumentos finais, a promotora Lúcia Helena Callegari afirmou que, segundo os laudos psiquiátricos do réu, Boldrini não teria a capacidade de exercer a função de pai do menino Bernardo, pois o documento aponta que ele teria traços de psicopatia.
Já no encerramento da defesa, o advogado Ezequiel Vetoretti argumentou que, segundo os laudos disponibilizados pela psiquiatra que atuou no caso, não existe o diagnóstico de psicopatia para Boldrini. A fala sustentou ainda que ele poderia estar dentro do espectro autista e, por isso, teria dificuldade de perceber as demandas do filho Bernardo, como tristeza, alegria, raiva, etc.