Quatro professores e dois alunos foram esfaqueados, na manhã desta segunda-feira (27), dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da cidade de São Paulo. Uma das docentes atingidas, identificada como Elisabete Tenreiro, 71 anos, teve a morte confirmada por volta das 10h30min.
A Polícia Militar está no local, e o agressor já foi apreendido. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ele é aluno do oitavo ano do Ensino Fundamental da escola. Os secretários de Educação de São Paulo, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, estão na escola para acompanhar a situação.
"O governo do Estado de São Paulo lamenta profundamente e se solidariza com as famílias dos professores e alunos que foram vítimas de ataque à faca de um adolescente do 8º ano na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. A situação causa consternação a todos, e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares", diz nota postada pelo governo paulista.
Inicialmente, a PM havia informado que três professores e um aluno foram atingidos, mas a informação foi corrigida posteriormente.
Sem saída, a rua da escola segue interditada por PMs. A maior parte dos alunos e dos pais que foram buscá-los já se retiraram do local. Na interior do colégio, policiais civis seguem ouvindo professores e funcionários. O caso foi registrado no 34º Distrito Policial.
A professora Elisabete chegou a ser encaminhada, em estado grave, para o Hospital Universitário da USP, mas não resistiu aos ferimentos. As outras quatro vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e receberam atendimento nos hospitais das Clínicas, Bandeirantes e São Luiz. Os quadros são considerados estáveis. Um aluno que recebeu atendimento por entrar em estado de choque está sendo acompanhado.
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, se manifestou sobre o ataque por meio do Twitter: "Não tenho palavras para expressar a minha tristeza", disse. E acrescentou: "Nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares".
Em outra postagem, o governador lamentou a morte da professora Elisabete Tenreiro, e saudou a ação de uma professora que imobilizou o adolescente que efetuava o ataque.
Também por meio das redes, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, lamentou a tragédia. "As forças de segurança pública e de saúde agiram imediatamente, e continuaremos oferecendo todo o suporte necessário às vítimas e suas famílias", disse ele.
Professores e comunidade estão abalados
Mãe de uma professora que trabalha na escola, Silvia Palmieri foi às pressas para o local assim que soube do ocorrido.
— Ela não foi ferida, graças a Deus, mas está bem abalada — disse ao sair.
Os professores que não foram machucados, contou Silvia, estão prestando depoimentos para a polícia:
— Eu não consegui falar nada, só abracei minha filha.
A dona de casa Lila Felix, 47, estava caminhando após deixar a neta em uma creche na região quando ouviu os gritos vindos da escola. Assustada, correu para a porta.
— Fiquei superpreocupada, são pessoas que vejo no bairro frequentemente — disse.
— Até arrepio de pensar se fosse na creche da minha neta — comentou Lila.