A Polícia Civil prendeu os dois suspeitos de terem matado o dono de uma lan house em São Leopoldo, Vale do Sinos, no início do mês. Jonas Furtado da Silva, 39 anos, foi morto a tiros dentro do seu estabelecimento, no bairro Vicentina, na manhã do dia 6 de fevereiro.
As prisões ocorreram nos dias 16 e 10, mas foram divulgadas apenas nesta quarta-feira (22). O primeiro a ser detido foi um homem de 35 anos, que estaria conduzindo o carro no momento do ataque. Na semana seguinte, foi a vez do executor, de 25 anos. Segundo o delegado André Serrão, da 2ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, os dois são primos e moram na mesma residência, na Ilha dos Marinheiros, em Porto Alegre. No entanto, um deles foi localizado no bairro Sarandi, na zona norte da capital.
Durante os depoimentos, os dois afirmaram que foram ao local com o objetivo de matar Jonas. A fala alterou os rumos da investigação, que inicialmente trabalhava com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). No momento do ataque, o indivíduo chegou a roubar R$ 500 reais no caixa.
— Pelo que afirmaram, o roubo teria sido uma forma de confirmar que se tratava do alvo. Os dois disseram que obedeciam ordens de um terceiro. Mas ainda não conseguimos encontrar o mandante — afirma Serrão.
Logo após o crime, os policiais localizaram o veículo utilizado na abordagem em Sapucaia do Sul, com placas clonadas. Durante a operação foram apreendidas as camisetas utilizadas no dia. A arma não foi encontrada.
Um inquérito foi remetido ao Poder Judiciário indiciando ambos por homicídio e associação criminosa. No entanto, as investigações seguirão ocorrendo para, além de localizar o terceiro suspeito, descobrir o que motivou a execução.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos chegaram em um Fiat Uno, que parou em frente à loja, na Avenida João Corrêa. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia mostram um dos comparsas deixando o veículo e entrando na lan house. No entanto, o momento do roubo não foi registrado pelos dispositivos.
A companheira de Jonas, que estava no local, disse em depoimento aos policiais que seu parceiro não reagiu ao assalto. Um dos suspeitos, utilizando boné e óculos escuro, pegou R$ 500 que estavam em uma gaveta. Não havia outras pessoas na loja no momento do ataque.
