O julgamento de Ledamaris da Silva Contreira, 42 anos, e do filho Yago Rudinei da Silva Machado, 26, iniciou-se depois das 10h desta quarta-feira (18) na comarca de Sapiranga, no Vale do Sinos. Os dois são acusados de matar o tenente do Corpo de Bombeiros Glaiton Silva Contreira, 52, em outubro de 2020.
Seis testemunhas — uma de acusação e cinco de defesa — estão previstas para serem ouvidas ao longo do dia e, somente depois disso, irá ocorrer o interrogatório dos dois réus.
A Justiça não descarta que o júri se estenda até quinta-feira (19). O caso é tratado como homicídio duplamente qualificado por interesses patrimoniais.
Logo depois das 10h houve o sorteio dos jurados e, por volta de 11h, começou a ser ouvida a primeira testemunha, o policial civil Rodrigo Câmara, que participou da investigação. A juíza da Vara Criminal da cidade, Milena de Carvalho, preside o júri. Ainda não está previsto horário dos interrogatórios dos réus.
De acordo com a acusação, o oficial foi morto com um golpe de estilete no pescoço após ser surpreendido pelo enteado. Conforme o MP, o acusado encobriu a boca e nariz de Contreira com um pano contendo éter, com o objetivo de deixá-lo desacordado antes de realizar a execução.
Machado, que confessou o crime, também disse que a mãe participou do homicídio e que a motivação foi a divisão dos bens após divórcio do casal que estava em andamento na época do fato. A defesa de Ledamaris nega a participação da acusada.
O corpo da vítima foi encontrado em um local afastado da região central de Sapiranga. A arma do crime, um celular e outros objetos do bombeiro foram dispensados sob uma ponte do município.