Está prevista para sexta-feira (20) a homologação das chapas vencedoras em 1º turno das eleições para as escolas estaduais gaúchas. Em Passo Fundo, professores, pais e alunos foram às urnas em 40 escolas na última segunda-feira (16) para escolher diretores e vice-diretores.
Os novos gestores cumprirão um mandato de três anos, de 2025 a 2027. O pleito ocorreu de forma presencial na cidade, por urnas eletrônicas ou cédulas. O quórum exigido era de 50% no segmento de professores e servidores e 30% de pais ou responsáveis e estudantes.
Na Escola Estadual Alberto Pasqualini, no bairro Santa Maria, a eleição causou protesto por parte da comunidade escolar na manhã desta quinta-feira (19). A instituição teve chapa única, a Chapa 1, eleita com 110 votos válidos, 220 brancos e três nulos.
O resultado é questionado pelos pais de alunos, que dizem não ter havido transparência no processo eleitoral, uma vez que a maioria da escola não era favorável à chapa.
— O que nos repassaram é que, se votássemos branco, equivaleria a um "não", ou seja, recusaríamos a chapa. Mas o que aconteceu foi que nossos votos brancos não foram computados, o que deu a vitória para a chapa única. Se soubéssemos disso antes, teríamos nos organizado para não fechar o quórum de votação ou encontrar outra alternativa — afirma a professora Débora Orso.
O protesto reuniu cerca de 40 pessoas entre estudantes, pais, professores e funcionários contrários ao resultado da eleição. Além da manifestação, a comissão eleitoral da escola deve encaminhar à 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) um documento com as razões para discordância do resultado.
Segundo a 7ª CRE, todas as comissões eleitorais das escolas foram orientadas de acordo com a legislação. Dessa forma, o pleito foi válido na escola. A lei diz que são considerados os votos válidos na contagem do resultado.
Ainda conforme a coordenadoria, os questionamentos acerca da eleição podem ser feitos por escrito e serão encaminhados para análise jurídica.