A Polícia Civil de Sapiranga, no Vale do Sinos, prendeu o enteado do tenente Glaiton Silva Contreira, 52 anos, cujo corpo foi encontrado na noite desta segunda-feira (26). O homem de 25 anos é o principal suspeito de assassinar o bombeiro militar. O motivo do crime seria uma disputa patrimonial.
De acordo com o delegado Fernando Branco, Contreira estava desaparecido desde domingo (25), quando, segundo a família do bombeiro, saiu para caminhar. Uma denúncia fez a polícia chegar ao corpo do tenente, jogado na Rua Travessão Campo Bom, um lugar afastado da área central de Sapiranga.
- Um local ermo, onde geralmente o pessoal retira terra para fazer aterro. O corpo estava abandonado lá - diz o delegado.
Contreira tinha sinais de golpe de estilete no pescoço e, segundo Branco, o enteado admitiu informalmente a autoria do crime.
- Segundo ele (o enteado), usou éter, deixou a vítima desacordada e levou para esse local ermo. Lá, degolou.
Contreira morava em Sapiranga com a companheira e o enteado, mas estava se separando. De acordo com Branco, o filho da mulher não concordava com o destino que seria dado ao imóvel, e teria cometido o assassinato. A polícia descarta participação da mãe no crime.
- Houve uma desavença em relação à casa. O guri não concordava com o destino que seria dado ao imóvel, queria uma parte, e acabou por fazer isso - conta o delegado.
Contreira era natural de Rio Grande, no sul do Estado, e atualmente comandava os Pelotões de Montenegro, no Vale do Caí, e Taquari, no Vale do Taquari. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul emitiu uma nota de pesar lamentando a morte do tenente.
A identidade do enteado não foi divulgada. Ele não tem passagem pela polícia e está detido na delegacia de Sapiranga. A Polícia Civil vai pedir sua prisão em flagrante. O rapaz também é militar e, segundo o delegado Fernando Branco, deve ficar preso em um quartel até sentença definitiva.