O julgamento que apura as responsabilidades pela morte do sargento do Corpo de Bombeiros de Sapiranga, Glaiton Silva Contreira, deve ser retomado e concluído nesta quinta-feira (19). A esposa da vítima, Ledamaris da Silva Contreira, de 42 anos, e o filho dela, Yago Rudinei da Silva Machado, 26, respondem por homicídio duplamente qualificado. Os dois foram interrogados na noite dessa quarta-feira (18). O julgamento ocorre no município do Vale do Sinos.
Ao longo do dia, seis testemunhas — uma de acusação e cinco de defesa — foram ouvidas. A sessão foi encerrada por volta das 21h25min. O segundo dia de júri deve começar às 9h30min, quando serão iniciados os debates entre a defesa e acusação.
Serão duas horas e meia para cada parte fazer sua explanação, seguidos de duas horas de réplica e duas horas de tréplica. Se todos os tempos forem utilizados, essa parte da sessão terá até nove horas de duração.
Depois, o júri composto por cinco mulheres e dois homens irá se reunir para discutir a sentença, que será lida pela juíza da Vara Criminal de Sapiranga, Milena de Carvalho.
De acordo com a acusação, o oficial foi morto com um golpe de estilete no pescoço após ser surpreendido pelo enteado. Conforme o MP, o acusado encobriu a boca e nariz de Contreira com um pano contendo éter, com o objetivo de deixá-lo desacordado antes de realizar a execução.
Machado, que confessou o crime, também disse que a mãe participou do homicídio e que a motivação foi a divisão dos bens após o divórcio do casal, que estava em andamento na época do fato. A defesa de Ledamaris nega a participação da acusada.
O corpo da vítima foi encontrado em um local afastado da região central de Sapiranga. A arma do crime, um celular e outros objetos do bombeiro foram dispensados sob uma ponte do município.