Começa nesta segunda-feira (7) o julgamento da ex-deputada federal Flordelis, 61 anos, acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, no Rio de Janeiro. A ex-parlamentar foi presa em agosto do ano passado, logo após ter o mandato cassado pela Câmara.
Além de Flordelis, também serão julgados os filhos do casal Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e Simone dos Santos Rodrigues, e a neta Rayane dos Santos Oliveira.
Anderson foi executado a tiros pouco depois de ter chegado em casa, acompanhado da esposa, em 16 de junho de 2019. Ele foi atingido por dezenas de disparos quando descia do carro, no quintal da residência, no bairro de Piratininga, em Niterói, na região metropolitana do Rio.
Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima —, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Outros julgamentos
Em abril deste ano, o Tribunal do Júri de Niterói julgou outros quatro réus pelo assassinato.
Acusado, entre outros crimes, de homicídio triplamente qualificado, Carlos Ubiraci Francisco da Silva — filho afetivo de Flordelis — foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por associação criminosa. Outras três pessoas foram sentenciadas na ocasião, mas nenhuma por homicídio.
Em novembro de 2021, Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis acusado de disparar os tiros que mataram Anderson, foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Na mesma ocasião, Lucas Cézar dos Santos de Souza, filho adotivo que teria ajudado a comprar a arma do crime, foi condenado a sete anos e meio de prisão por homicídio triplamente qualificado. A pena foi reduzida porque ele colaborou com as investigações.
O que diz a defesa de Flordelis
Ao jornal O Estado de S. Paulo, um dos advogados de Flordelis, Rodrigo Faucz, que defende também os outros quatro réus, afirmou que está "tranquilo" quanto ao julgamento. "Até aqui as provas contra os nossos clientes são muito fracas, são circunstanciais, então nossa expectativa é que o júri reconheça que eles devem ser absolvidos", afirmou.