O médico ginecologista suspeito de estuprar uma paciente no início de agosto em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável. O documento foi remetido ao Judiciário na última terça-feira (11).
A delegada Caroline Huber, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), indiciou o homem por estupro de vulnerável por entender que a vítima não conseguiu apresentar resistência o momento da abordagem. Os detalhes do depoimento da vítima não foram divulgados.
— Ela relatou que o fato ocorreu durante um exame. Concluímos que ela não teve condições de evitar a prática sexual pela forma como foi submetida — afirma a delegada.
Além disso, o médico deverá responder pelo crime de coação no curso do processo — quando há registro de intimidação durante as investigações. O ginecologista teria, segundo a polícia, feito ameaças contra a vítima e demais testemunhas que aceitaram colaborar com o inquérito.
A Justiça determinou, no dia 16 de setembro, que o ginecologista deixasse de exercer a Medicina. Ele está afastado das atividades médicas desde então.
Cinco dias após a decisão judicial, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do médico. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados.
Denúncias sobre violência contra a mulher podem ser feitas pelo 197 ou pela Deam de Uruguaiana, pelo (55) 3411-1125. Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deve ligar imediatamente para a Brigada Militar, pelo 190. O atendimento é 24 horas em todo o Estado.