Um ginecologista de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, é suspeito de ter estuprado uma paciente. A Justiça negou dois pedidos de prisão feitos pela polícia, mas suspendeu o direito dele de exercer a Medicina.
A decisão judicial também proíbe o médico de contatar ou se aproximar da vítima ou de testemunhas. A determinação ocorreu nessa quarta-feira (16).
A mulher, que era paciente do ginecologista há anos, buscou a polícia em agosto relatando ter sido estuprada no consultório do médico, em Uruguaiana. O fato teria ocorrido dois dias antes do registro.
— A mulher nos disse que já consultava com o médico desde a adolescência e no dia do fato, após um procedimento, ela viu que ele estava nu e em seguida cometeu o estupro. Nós temos elementos suficientes para acreditar que o crime ocorreu — afirma o delegado Nilson de Carvalho, responsável pelo caso.
Após o relato da vítima, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher fez o pedido de prisão preventiva, que foi negado pelo Judiciário. As investigações seguiram e surgiram elementos indicando que o médico, por meio de pessoas que agiam em seu nome, estaria coagindo e constrangendo a vítima e parentes desta, além de testemunhas do caso.
Foi feito um novo pedido de prisão, que foi negado novamente. No entanto, o Poder Judiciário determinou a suspensão do exercício da Medicina e a proibição de contatar ou se aproximar da vítima, testemunhas e familiares destas. A investigação do caso prossegue.
Os nomes ou idades dos envolvidos não foram divulgados.
Denúncias sobre violência contra a mulher podem ser feitas pelo 197 ou pela especializada de Uruguaiana, 55 3411-1125.