O delegado Aldronei Antonio Pacheco Rodrigues seguirá como superintendente da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito pelo novo diretor-geral da PF, delegado Márcio Nunes de Oliveira, num encontro em Brasília que contou com a presença dos diretores da instituição e dos superintendentes dos 27 estados.
Quando há troca do diretor-geral, sempre existe a possibilidade de mudanças também no comando das unidades nos estados. Márcio Nunes é o quinto diretor-geral da PF nomeado no governo Jair Bolsonaro. Ele tomou posse em 4 de março. Antes de assumir o cargo, ele atuava como secretário-executivo do Ministério da Justiça, segundo principal posto na hierarquia da pasta. Márcio Nunes substituiu Paulo Maiurino, que permaneceu menos de um ano no posto.
Durante o anúncio de manutenção do delegado no comando da PF gaúcha, o diretor-geral frisou a excelente gestão que está sendo desenvolvida no Estado.
— O trabalho do Rio Grande do Sul foi referendado. Eu só represento essa seleta equipe do Estado que tem muita qualidade e executa trabalhos excelentes. Pretendemos seguir no nosso trabalho e os planejamentos seguirão sendo cumpridos — destaca o superintendente.
Rodrigues está no cargo de superintendente da PF no Rio Grande do Sul desde 7 de junho de 2021, quando ocorreu uma leva de trocas de superintendentes no país. Antes de assumir o cargo, estava lotado na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros.
Há 17 anos da PF, Rodrigues, 52 anos, fez carreira como policial operacional. Entre as operações de maior repercussão que ele coordenou ou esteve entre os coordenadores, estão a Kollektor, que apurou desvios na Ulbra; PHD, que investigou fraude na concessão de bolsas de estudo na UFRGS; Mercari, que investigou fraudes em ações de marketing do Banrisul; Semilla, que resultou em indiciamento por favorecimento de empresas em contratos com o Ministério da Agricultura no Estado; e Lamanai, que desarticulou um esquema de fraude envolvendo o mercado de moedas virtuais.
O delegado também esteve à frente de inquéritos resultantes da Lava-Jato, que tinham como investigados políticos do Rio Grande do Sul, e da Operação Solidária, que apurou fraudes em licitações no Estado.
Rodrigues sucedeu o delegado José Antônio Dornelles, que estava na Polícia Federal havia cerca de 40 anos e está para se aposentar.