Dando sequência à ofensiva contra uma guerra entre facções rivais que deixou 11 pessoas mortas em Porto Alegre em apenas nove dias, a polícia prendeu, na noite de terça-feira (29), um dos suspeitos de envolvimento na onda de ataques — motivada por uma dívida entre os dois grupos criminosos.
O homem foi detido na região da Vila Planetário, no Bairro Santana, por posse ilegal de arma de fogo e receptação de veículo roubado. Ele também teve arma e carro apreendidos.
A titular da 2ª Delegacia de Homicídios, delegada Roberta Bertoldo, confirma a participação do homem em um dos 13 atentados — um caso, que os agentes ainda não estão detalhando para não prejudicar a investigação, em que o alvo sobreviveu. O trabalho agora é apurar se ele esteve envolvido nos outros fatos.
— Foi uma prisão importante, e pouco a pouco estamos solucionando todos os casos. A importância se dá pelo fato de que o suspeito teve participação comprovada em um ataque. Além disso, apreendemos uma arma e um veículo com ele que podem ter sido utilizados em outros ataques. Estamos buscando mais provas agora — destaca.
O preso de 19 anos não teve o nome divulgado porque a investigação continua. O jovem tem antecedentes por roubo, tráfico, entre outros, e Roberta diz que ele é integrante de um dos grupos que iniciaram a série de atentados.
Além de 11 mortes, seis pessoas foram vítimas de tentativas de homicídio. Dez pessoas, incluindo dois adolescentes, foram detidas por suspeita de envolvimento nos crimes.
A investigação continua, e não ocorreram mais mortes na Capital ligadas a esta disputa, diz a polícia. Além das prisões, outra ofensiva foi a transferência, na semana passada, de dois líderes das facções para presídio com maior segurança no Estado.
A Brigada Militar também informou sobre várias fake news que estão sendo espalhadas nas redes sociais e em grupos de WhatsApp sobre toque de recolher na cidade devido aos ataques. A corporação negou os boatos.