A Polícia Civil está investigando o roubo a uma subestação de energia ocorrido na madrugada desta sexta-feira (11) no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre. Ao todo, nove ladrões armados, sendo três com uniformes da empresa responsável, invadiram o local e renderam, amarraram e ameaçaram cinco funcionários e vigilantes. A quadrilha, que levou coletes e armas dos seguranças, utilizou dois caminhões para roubar seis bobinas, avaliadas em mais de R$ 1 milhão.
O crime ocorreu logo depois da meia-noite na subestação localizada na esquina das Avenidas Praia de Belas e Ipiranga. De acordo com a delegada Marina Goltz, que assumiu o caso pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, os criminosos entraram por dois acessos, um pela Praia de Belas e outro pela Rua Edmundo Bitencourt. Em um primeiro momento, três deles chegaram na subestação vestindo uniformes de uma empresa e abordaram os vigilantes no portão.
As vítimas foram rendidas e obrigadas a entregar o controle do portão, para que dois caminhões e o restante da quadrilha ingressassem na unidade, a Porto Alegre 4, que pertencia à CEEE-GT, e teve o contrato de concessão arrematado pela empresa paulista MEZ Energia em 2020.
Após o ingresso, os bandidos renderam mais um vigilante e dois funcionários da sala de controle. Eles usaram fitas e lacres para amarrar as cinco vítimas. Durante todo o roubo, fizeram várias ameaças de morte, mas não há informação de que ocorreram agressões.
Os criminosos ainda foram até os armários dos funcionários e os outros seis que chegaram depois no local também vestiram uniformes. O objetivo era não chamar a atenção, já que em frente à subestação há um batalhão da Brigada Militar.
Eles carregaram os dois caminhões com as seis bobinas de cabo condutor elétrico, que segundo a polícia, pesam 2,5 toneladas e foram avaliadas em mais de R$ 1 milhão. Além disso, na fuga, levaram um colete balístico e dois revólveres dos vigilantes. As vítimas, que conseguiram escapar depois que os ladrões foram embora, começaram a ser ouvidas pela polícia na manhã desta sexta-feira.
A delegada Marina diz, ainda, que vai investigar a possível participação de funcionários, mas que, por enquanto, não há nenhum fato concreto sobre isso. Também vai ser apurado quem são os receptadores, já que não é um produto fácil de ser revendido. Para a polícia, a carga já estaria encomendada. Várias imagens de câmeras de segurança foram solicitadas. Ainda não há informação sobre a identificação dos bandidos.