A Polícia Civil divulgou, na tarde desta terça-feira (4), que o homem encontrado com sinais de afogamento na Ilha do Pavão não teria ligação com o ataque a um carro-forte ocorrido em Guaíba, na quarta-feira (29). GZH apurou que a família dele registrou ocorrência de desaparecimento no mesmo dia em que o corpo foi achado. Não está descartada a possibilidade de suicídio.
Conforme informações preliminares, o homem, cujo nome não foi divulgado, teria histórico de depressão e fazia tratamento médico. O corpo foi localizado às margens da Ilha do Pavão na quinta-feira (30). A Brigada Militar, que fazia cerco e buscas na região, suspeitou que pudesse ser um dos envolvidos no roubo, que teria se afogado ao tentar escapar.
Segundo familiares, ele teria saído de casa, no interior do Estado, de ônibus para ir a Alvorada, no dia 27, onde teria negócios a tratar. Ele teria recebido dinheiro, que seria do FGTS, e deveria ter voltado no mesmo dia.
Na manhã do dia seguinte (28), teria feito o último contato com familiares. Há informação de que ele teria passado pela Estação Rodoviária de Porto Alegre, onde teria sofrido um surto, e também que pode ter pego o ônibus com destino errado. Ele não tinha antecedentes policiais, mas tratava transtorno mental.
Na quinta-feira pela manhã, a família registrou ocorrência policial do sumiço. Horas depois, o corpo foi encontrado por policiais militares na Ilha do Pavão, durante o cerco de buscas a assaltantes.
O corpo foi identificado e reconhecido por familiares. A polícia ainda aguarda laudo oficial sobre a causa da morte para verificar se foi mesmo afogamento.
Com base neste cenário, a possibilidade de ele estar envolvido no ataque em Guaíba enfraqueceu. O caso foi repassado da Delegacia de Repressão a Roubos para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para investigação das circunstâncias da morte.
Assalto milionário
O assalto ao carro-forte ocorreu na manhã de quarta, quando o veículo estava estacionado em frente a um supermercado às margens da BR-290, em Guaíba.
Na ação, os criminosos chegaram armados de fuzis e disfarçados de policiais civis. Eles usaram um veículo adesivado e com giroflex, que simulava uma viatura da Polícia Civil. O grupo rendeu vigilantes no momento em que abasteciam um caixa eletrônico.
Ao deixarem o local, os criminosos abandonaram veículo em uma das pontes sobre o Rio Jacuí, roubaram automóveis, fizeram reféns e usaram um pequeno barco para ir de uma ilha para outra. Depois, a polícia montou o cerco na região. Durante a fuga, o grupo chegou a atirar contra um helicóptero da BM.