Jovens que integram um grupo extremista que pratica maus-tratos a animais e dissemina mensagens de ódio são investigados em diferentes inquéritos no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. GZH apurou que há investigações pelo menos em Lindolfo Collor, Tramandaí, Alvorada, Porto Alegre e na cidade sul-mato-grossense de Águas Claras.
Em Lindolfo Collor, no Vale do Sinos, um adolescente de 17 anos foi apreendido em 28 de dezembro após transmitir ao vivo pela internet a tortura e a morte de um cachorro.
A Polícia Civil aguarda autorização judicial para ter acesso ao conteúdo do computador dele. Materiais usados por ele foram apreendidos. Entre os crimes investigados estão ameaça, perturbação do sossego, maus-tratos a animais, organização criminosa e cibernéticos.
Diligências são realizadas pelos policiais e há pedidos de quebra de sigilos dos investigados. O grupo também costuma espalhar mensagens de ódio nas redes sociais. Além de adolescentes, há adultos entre os investigados.
A Polícia Civil teve acesso a vídeos em que alguns dos jovens se declaram nazistas e fazem saudações características dessa ideologia, enquanto usam capacetes alemães da Segunda Guerra Mundial. Mensagens trocadas por integrantes do grupo falavam em atacar escolas e creches.
O mesmo adolescente apreendido em Lindolfo Collor é investigado pela Polícia Federal, em Brasília, por ameaças a integrantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quando o órgão autorizou a vacinação contra a covid-19 em crianças entre cinco e 11 anos de idade com o imunizante da Pfizer.