Os dois homens indiciados pela lesão corporal seguida de morte do vendedor ambulante Wagner de Oliveira Lovato, 40 anos, em Alvorada, tiveram a liberdade provisória concedida pela Justiça. Ambos estão em casa e aguardam os próximos passo do processo.
O desentendimento que culminou nas agressões que mataram o ambulante aconteceu na noite de 2 de outubro, no Shopping das Carnes. Wagner foi agredido por Luciano Monteiro, gerente do estabelecimento que estava em horário de folga, e pelo seu amigo Luciano Ribeiro na calçada do açougue.
O vendedor morreu um dia depois devido à gravidade dos ferimentos na cabeça. Monteiro e Ribeiro estavam presos preventivamente desde então. Eles tiveram a prisão preventiva revogada na sexta-feira (29). Segundos seus advogados, ambos aguardam em casa o avanço do processo.
O Ministério Público (MP) ainda não ofereceu denúncia à Justiça, o que deve ocorrer nos próximos dias. Tanto Gilson D'Ávila Machado, defensor de Monteiro, quanto Eduardo Andreis, que advoga para Ribeiro, esperam que o entendimento seja o mesmo da Polícia Civil, com denúncia por lesão corporal seguida de morte. O inquérito apontou que o desentendimento dentro do estabelecimento começou por causa do preço das carnes.
Para o advogado Gustavo Nagelstein, que representa a viúva de Wagner, a conclusão da polícia foi insatisfatória. A família reivindicava indiciamento por homicídio.
— Conversei com a promotoria na semana passada tentando fortalecer o entendimento de que se trata de homicídio qualificado, não lesão corporal seguida de morte. Vamos aguardar — disse ele.