Familiares do sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, que morreu durante combate ao incêndio no prédio da Secretaria de Segurança Pública em Porto Alegre no dia 14 de julho, prestaram uma última homenagem ao bombeiro. A esposa, a filha e outros familiares de Munhós foram até o Balneário do Paredão, em Lavras do Sul, na Região Central, cidade onde o bombeiro nasceu, para realizar um dos seus pedidos: jogar parte de suas cinzas nas águas do Rio Camaquã.
A pequena cerimônia, que contou com a presença de policiais militares da cidade e também de bombeiros de Caçapava do Sul, ocorreu na manhã de quinta-feira (5). Antes, parte das cinzas também tinham sido jogadas na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, e em uma praia do litoral.
Os familiares de Munhós também foram até o Pelotão de Bombeiros de Caçapava do Sul. Lá puderam ver mais um pouco do trabalho do bombeiro, que intermediou a compra de diversos equipamentos para o pelotão, já que ele trabalhava no Departamento de Logística e Patrimônio do Comando dos Bombeiros na Capital.
— O Corpo de Bombeiros de Caçapava do Sul é muito grato pelo sargento Munhós pelo empenho que ele sempre teve, como intermediador, para conseguir esses materiais. Ele era o contato no Comando para questão de equipamentos. A família fez questão de passar aqui também para ver tudo o que ficou do trabalho dele para nós — relata o 1º tenente Alexandre Andrade de Sena, comandante do Pelotão de Caçapava do Sul.
Os familiares também levaram o capacete que era utilizado por Munhós. Eles vão fazer uma espécie de memorial em homenagem a ele. Além do sargento, que tinha 51 anos, também morreu no incêndio do prédio o tenente Deroci de Almeida da Costa, de 46 anos, que era natural de Rio Grande. Os corpo foram encontrados depois de sete dias de buscas nos escombros do prédio da Secretaria de Segurança Pública.