Seis dos sete apenados transferidos na manhã desta terça-feira (27) para penitenciárias federais estão saindo do Rio Grande do Sul pela primeira vez. Um deles, porém, passa pela terceira remoção em quatro anos.
Os alvos da terceira fase da operação Império da Lei têm atuação distribuída no território gaúcho, com crimes registrados na Serra, na Campanha, Vale do Taquari, Região Central e Metropolitana e na Fronteira Oeste. Os sete, no entanto, têm ligações com organizações criminosas com base no Vale do Sinos e no bairro Bom Jesus, na Capital.
Os nomes, que não divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram apurados por GZH.
Juntos, os sete têm pelo menos 243 anos de prisão a cumprir. Três deles estão indo para Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e quatro, para Penitenciária Federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. De acordo com o secretário estadual de Justiça, Sistema Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, quatro deles ficarão fora por 360 dias, um por 274 dias e dois deles ficarão provisoriamente por 60 dias, período que pode ser ampliado a partir de avaliação do Judiciário e do Ministério Público.
O Rio Grande do Sul já removeu 72 presos para o sistema federal. Com a transferência desta terça, atualmente 47 estão isolados fora do Estado.
Os transferidos:
Adriano de Oliveira Noronha
Conhecido por "Véio", é membro de uma organização criminosa com base no Vale do Sinos. Tem passagens pela polícia por organização criminosa, tráfico, homicídio e roubo. A principal área de atuação do apenado é em Caxias do Sul, na Serra. É a primeira vez que ele é encaminhado ao sistema federal. Tem pena de 76 anos, 8 meses e 10 dias a cumprir.
Michel Dannemberg Leivas
O "Chaulin", é ligado a uma organização criminosa da zona sul do Estado. Seu histórico policial tem denúncias de ameaça, extorsão, organização criminosa, tráfico e homicídio. Com atuação principalmente em Pelotas, Michel ainda acumula uma pena de 49 anos, 2 meses e 18 dias. Está sendo encaminhado pela primeira vez ao ao sistema federal.
Germano Rocha Lyrio
É ligado a organização criminosa do Vale do Sinos e também a outra iniciada dentro do Presídio Central. O apenado é investigado por organização criminosa, tráfico, homicídio, posse de arma de fogo, ameaça e roubo. É sua primeira passagem por uma instituição penal federal. Atua nos municípios de Jaboticaba e Lajeado do Bugre, no norte do Estado. Ainda tem 6 anos, 11 meses e 13 dias de prisão a cumprir.
Jocemar de Almeida
O “Lagartixa”, é ligado a organização criminosa do Vale do Sinos e tem passagens na polícia por posse de arma de fogo, homicídio, tráfico, associação criminosa e roubo. Com 25 anos, 7 meses e 24 dias de pena por cumprir, atua na área de Lajeado, no Vale do Taquari, Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, na Serra. Esta é a primeira vez que está sendo encaminhado para fora do Estado.
Luis Henrique Gravi Silveira
Conhecido como “Rique” ou “Macaco”, atua nas cidades de Dom Pedrito, Bagé e São Borja. Pertence a organização criminosa do Vale do Sinos e tem antecedentes por latrocínio, tráfico, homicídio e também por coação no andamento processual. O detento ainda deve cumprir pena de 50 anos, 6 meses e 19 dias e está sendo encaminhado pela primeira vez para um presídio federal.
Rodolfo Silva Charão de Lima
O “Cupinxa”, está sendo encaminhado pela terceira vez para penitenciária federal. Tem origem na organização criminosa estabelecida na Bom Jesus, na Capital, e atua em Capela do Santana, Restinga Seca e Viamão. O apenado é investigado por crimes de ameaça, tráfico, homicídio, roubo, sequestro, cárcere privado, coação no curso do processo e extorsão. O apenado, que já foi transferido na Operação Pulso Firme (em 2017) e na Império da Lei II (em novembro de 2020), tem 33 anos, 3 meses e 5 dias de pena a cumprir.
Vinicius Alves
O “Sub”, integra a organização criminosa com base no Vale do Sinos. Atua em Dom Pedrito, na Campanha, e tem antecedentes por roubo a estabelecimento comercial, ameaça, tráfico, homicídio e coação no andamento processual. Ainda tem pena de 4 anos, um mês e 16 dias. É a primeira vez que é encaminhado ao sistema prisional federal.