A operação da Brigada Militar (BM), Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada na noite de sexta-feira (18), teve o balanço das abordagens em rodovias federais da Região Metropolitana divulgado neste sábado (19). O objetivo principal foi coibir ataques a veículos com pedras após a passageira de um veículo morrer ao ser atingida por um paralelepípedo na freeway, na entrada de Porto Alegre.
Foram verificadas 17 denúncias no trecho da autoestrada nos bairros Navegantes, Vila Farrapos e Humaitá, na Capital. Um foragido foi recapturado. Em 2021, PRF atendeu a 45 ocorrências envolvendo ataques a veículos com pedras na região.
Participaram da operação integrada cerca de cem agentes, com uso de uma embarcação e de um helicóptero. Foram abordados 122 pessoas e 34 veículos no trecho da freeway em Porto Alegre. Além do foragido recapturado — que responde por ocorrências de roubo, dano e ameaça –, foi detido um suspeito de ataques com pedras, mas liberado após ser confirmado que não havia envolvimento dele nos casos da última semana.
A fiscalização será sempre no entorno de viadutos, passarelas, pontes e rótulas, ocorrendo em dias alternados nas próximas semanas em rodovias federais e em vias próximas a conglomerados urbanos nas margens de estradas. Serão fiscalizados todos os tipos de crimes contra motoristas, principalmente em relação aos arremessos de pedras em carros por vandalismo ou para tentativa de realizar assaltos.
Ataques
No mesmo dia que Munike Krischke, 45 anos, morreu após ser atingida por uma pedra, outros dois motoristas registraram ocorrência semelhante. Um deles, passou 40 minutos antes do ataque ao automóvel em que Munike estava. A Polícia Civil investiga o caso e tenta identificar suspeitos, além de aguardar perícia em imagens e objetos encontrados nas proximidades da antiga ponte do Guaíba.
Na semana, a PRF alertou para os oito trechos de rodovias federais gaúchas com maior incidência de casos em que foi acionada após motoristas avisarem sobre veículos atingidos por pedras. Além da BR-116, no limite entre Canoas e a Capital, da BR-448, também em Canoas, e da BR-392, em Pelotas e Rio Grande, há outros quatro pontos somente na BR-290, na Região Metropolitana, que correspondem a 50% dos casos. O ponto da via que mais teve chamados sobre ocorrências foi a entrada de Porto Alegre, no acesso à Avenida Castelo Branco, justamente onde Munike foi atingida.
Também há situações semelhantes na saída da Avenida Assis Brasil para a freeway e na mesma rodovia em Gravataí, em rótula no quilômetro 68, bem como no trecho da BR-290, no sentido entre a Capital e Eldorado do Sul, na ponte sobre o Rio Jacuí.